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Investigadores veem como grande a possibilidade de bomba ter sido instalada com ajuda de funcionário de aeroporto
Destroços do avião russo que caiu na Península do Sinai, no último sábado: mundo em alerta
Foto: STR/Agência Lusa
Ainda não é oficial. Mas a investigação da queda do Airbus da companhia aérea russa Metrojet no Egito, ocorrida no último sábado (30), aponta cada vez mais para a possibilidade de ela não ter sido um acidente — e, sim, consequência de um ataque terrorista promovido pelo grupo Estado Islâmico, que domina uma ampla área dentro dos territórios sírio e iraquiano. No total, 224 pessoas morreram. As informações são da rede de notícias CNN.
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De acordo com fontes norte-americanas ligadas à investigação do caso, terroristas do grupo podem ter tido ajuda de um funcionário do Aeroporto Sharm el-Sheikh, de onde decolou o Voo 9268 da companhia aérea russa Metrojet, que caiu pouco depois, na Península do Sinai.
Apesar de registrar uma média de 160 voos diários, entre pousos e decolagens, o aeroporto tem segurança bastante relaxada, o que pode ter ajudado os apoiadores do Estado Islâmico a conseguirem instalar a bomba na aeronave. Inicialmente rechaçadas pelas autoridades russas e egípcias, a possibilidade de o avião ter sido derrubado se torna, assim, a cada dia, mais palpável.
Ainda na quarta-feira (4), autoridades britânicas e norte-americanas admitiram que uma bomba deve realmente ter sido responsável pela queda do avião. Logo após o caso, integrantes do braço egípcio do Estado Islâmico chegaram a reivindicar para si a responsabilidade pela ação, mas foram rechaçados por especialistas, já que o grupo não possui artilharia com alcance suficiente para derrubar uma aeronave em altura de cruzeiro – o voo estava a 9,5 mil metros de altitude quando começou a despencar.
Imagem de integrante do Estado Islâmico exigindo mais violência no Ocidente em vídeo recente
Foto: Reprodução
No entanto, logo passou a se abordar a possibilidade de que o grupo poderia, sim, ter derrubado o avião, com o uso de uma bomba. Na quarta, em mensagem de áudio atribuída ao Estado Islâmico, os terroristas voltaram a insistir que foram os responsáveis pela queda do voo.
"Não temos qualquer obrigação de explicar como caiu. Levem os destroços e procurem, levem as caixas pretas e analisem-nas. Depois, digam-nos o resultado da investigação", disse uma voz masculina na gravação atribuída ao EI. "Provem que não o abatemos e como se desempenhou."
Habitualmente, o grupo não é desmentido quando assume autoria de ataques, mas a falta de divulgação de detalhes a respeito do voo russo levanta dúvidas sobre sua autoria. O analista de terrorismo Paul Cruickshank é um dos que acha estranho o atual discurso dos terroristas.
"Foi uma forma diferente de se reivindicar o crédito pelo ataque terrorista mais significativo desde o 11 de Setembro de 2001", disse ele à CNN. "Mas pode ter havido um método por trás disso e uma razão por trás disso – que pode ter sido a de proteger uma fonte no aeroporto de Sharm el-Sheikh."
A possibilidade de a queda ter sido causada por um ato terrorista levou autoridades irlandesas, britânicas e norte-americanas a vetar todos os voos a seus territórios vindos do Aeroporto Sharm el-Sheikh, encravado na movimentada área de resorts no entorno do Mar Vermelho.
Se confirmado como terrorismo%2C queda do avião será maior ação do gênero desde 11 de Setembro
Foto: Creative Commons
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