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Airbus da Metrojet foi derrubado por bomba após deixar região turística no Sinai; Estado Islâmico reivindica autoria por ataque
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em reunião do G20, na Turquia: enfim, a admissão
Foto: Presidência da Rússia
Após semanas de especulações e de avaliações de investigadores sem a devida identificação à imprensa internacional, a Rússia confirmou, nesta terça-feira (17), que uma ação terrorista foi responsável por derrubar o Airbus A-321 da companhia aérea Metrojet, no último dia 31 de outubro, no Egito.
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De acordo com o chefe do serviço de segurança russo, Alexander Bortnikov, a aeronave foi derrubada após a explosão de uma bomba caseira com potência equivalente a um quilo de dinamite. Todas as 224 pessoas a bordo morreram.
Horas após a queda do avião, desde o início reivindicada por terroristas do grupo Estado Islâmico, a Rússia tratou de colocar panos quentes sobre o tema, negando qualquer possibilidade de ataque terrorista – mesmo posicionamento adotado na ocasião pelo Egito, cujo sistema de segurança no Aeroporto Sharm el-Sheikh teria de apresentar falha para que uma bomba fosse instalada na aeronave.
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Foto: Suliman el Oteify/Egypt Prime Minister
"Pode ser dito, de forma inequívoca, que foi um ato de terrorismo. Isso [a explosão de uma bomba] explica o motivo pelo qual a fuselagem estava espalhada ao longo de um território tão grande", disse o presidente ao chefe do Serviço de Inteligência russo (FSB, antigo KGB), Alexander Bortnikov. "Vamos procurar os responsáveis onde quer que estejam escondidos. Vamos encontrá-los em qualquer parte do mundo e castigá-los."
Na semana passada, Moscou havia admitido pela primeira vez a hipótese de o avião ter sido derrubado por uma bomba, após revelações de dados das caixas-pretas do Voo A321, que se despedaçou no ar antes de cair, deixando destroços e corpos espalhados por uma área de 20 km².Antes disso, além de especialistas e investigadores, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, também haviam citado que era grande a possibilidade de o avião ter sido derrubado por uma bomba. Na ocasião, a Rússia exigiu cautela de políticos e da imprensa para que não fossem feitas especulações a respeito da queda.
Logo após o ataque, o braço egípcio do Estado Islâmico reivindicou para si a responsabilidade pelas mortes. E, apesar das negativas das autoridades russas e egípcias, o grupo seguiu insistindo na autoria no dia seguinte à tragédia, afirmando que as caixas-pretas revelariam a verdade. Foi o que aconteceu.
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À rede de notícias norte-americana "CNN", investigadores afirmaram que a bomba foi colocada a bordo da aeronave com a ajuda de funcionários do aeroporto Sharm el-Sheik, conhecido pela grande movimentação de turistas, que frequentam os resorts na região do Sinai. O avião caiu a cerca de 800 metros do local.
Países como EUA e Reino Unido suspenderam voos ao Egito após o ataque, gesto repetido na semana passada por Moscou.
Caixa-pretaNo último dia 7 de novembro, os dados de uma das caixas-pretas do Airbus A321 revelaram um forte barulho, "que sinalizam uma bomba", um segundo antes da queda do avião no Egito.
Além do estrondo, a caixa-preta confirmou que aquilo que levou o avião à queda teve como característica ter sido algo "violento e rápido". Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias France Presse, a revelação, aliada aos dados recolhidos no local da tragédia e à experiência dos investigadores, "privilegiam fortemente" a hipótese de um atentado ter sido o responsável pelas 224 mortes.
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Foto: Estado Islâmico - 11.10.15
Segundo os dados fornecidos pela caixa, "tudo estava normal, absolutamente normal durante o voo e, de repente [no 24º minuto do traslado], não há mais nada", indicou a mesma fonte. "Isto dá a sensação de rapidez, do caráter imediato" dos acontecimentos, disse ela, no momento em que as duas caixas pretas do aparelho, uma que contém os parâmetros do voo e outra que registra as conversas da tripulação, foram analisadas.
A partir daquele minuto, acrescentou a fonte, as duas caixas-pretas do aparelho deixaram de funcionar abruptamente, evidenciando uma provável "descompressão explosiva muito repentina". De acordo com a rede de notícias norte-americana "CNN", a aeronave estava em piloto-automático no momento da queda.* Com sites de notícias internacionais
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