Estado de Israel deixará de existir em 25 anos, diz líder supremo do Irã

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

iG São Paulo

Aiatolá Ali Khamenei chamou de hipócrita a aproximação norte-americana da nação persa e afirmou que o "moral da jihad não deixará momento de serenidade aos sionistas"

Aiatolá Ali Khamenei durante discurso recente:

Aiatolá Ali Khamenei durante discurso recente: "EUA continuam sendo o Grande Satã"

Foto: AP

A preocupação que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, costuma proferir contra o regime iraniano parece ter motivos para existir. Isso ficou mais claro do que nunca em discurso para uma grande plateia, na última quarta-feira (11), do líder supremo da nação persa, Aiatolá Ali Khamenei, em Teerã.

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"Digo a Israel que eles não verão o fim dos próximos 25 anos", afirmou o aiatolá, de acordo com a Agência de Notícias da República Islâmica. "A vontade de de Deus é que não exista essa coisa de regime sionista [movimento judaico que resultou na fundação do Estado de Israel, em 1948] em 25 anos. Até lá, os esforços e a moral heróica da jihad [guerra santa] não deixarão momento de serenidade aos sionistas."

O Irã é visto como uma das mais hostis nações à Israel desde o final da década de 1970, quando o país persa fez sua Revolução Islâmica. O Estado judaico acusa os iranianos, islâmicos xiitas, de ajudarem grupos considerados terroristas, como Hamas e Hezbollah. 

Na década passada a relação ficou ainda mais tensa após Mahmoud Ahmadinejad assumir a presidência iraniana com forte discurso antissemita e favorável à destruição da nação judaica. 

Benjamin Netanyahu ataca programa nuclear iraniano, que, para ele, tem objetivos bélicos

Benjamin Netanyahu ataca programa nuclear iraniano, que, para ele, tem objetivos bélicos

Foto: AP

"Acordo hipócrita"
O discurso do líder supremo também se focou no acordo nuclear entre Irã e o G5 + 1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha), que prevê um controle maior por parte de inspetores internacionais sobre as instalações de enriquecimento de urânio persas para impedir a construção de armas atômicas. 

O acordo é criticado por políticos da ala republicana americana, que, assim como Israel, alegam que as intenções iranianas não são pacíficas e, sim, bélicas. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado dos EUA.

Khamenei classificou a aproximação entre iranianos e americanos de hipócrita, afirmando que oficiais dos EUA sorriem aos persas enquanto preparam textos contrários ao Irã, impondo tão somente seus interesses a eles.

Apesar disso, o líder iraniano disse que, mesmo não tendo intenção de abordar outros temas com os americanos, concorda com as negociações. "Alguns tentam mostrar os EUA como um anjo, mas eles continuam sendo o 'Grande Satã'", vociferou.












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