Crosseyed Heart, seu novo álbum, é seu primeiro trabalho solo em 23 anos. E chega dez anos depois do último disco de inéditas dos Rolling Stones, A Bigger Bang. Mas isso não significa que Keith não tenha trabalhado – e muito – nos últimos anos. Afinal, os Stones não param nunca, estão sempre na estrada e Keith ainda lançou sua biografia poucos anos atrás. Ele só gosta de fazer as coisas em seu tempo. E ele está certo. Se eu fosse um dos fundadores de uma das maiores bandas de todos os tempos, também faria o mesmo.
Keith se diverte com sua música como se ela não fosse trabalho. Crosseyed Heart não tem a pretensão de ser aquele disco tão burilado por anos que por isso demorou a sair, ou muito menos de ser uma nova proposta revolucionária dentro do universo da guitarra. Não. O que se ouve aqui é Keith tocando o mais puro e tradicional rock, blues e baladas, sem grandes compromissos. Crosseyed Heart é rock'n'roll casual.
Se você é fã do cara, já sabe o que vai ouvir. E quando entram os riffs malandramente precisos de "Heartstopper" ou "Trouble", você já está totalmente conquistado pelo mood do disco, e não há técnica ou virtuose alguma que estrague a paixão que transborda de cada faixa. "Illusion" é um soul que traz a participação mais que bem-vinda da Norah Jones e "Blues In The Morning" talvez seja um dos momentos onde Keith mais se empolga em todo o álbum, incorporando um quê de Eric Clapton tanto nos solos e nos ataques quanto nos vocais. Crosseyed Heart é claramente um parque de diversões em que Keith está correndo de braços abertos.
Se é que existe profissão mais legal do que ser o guitarrista dos Rolling Stones, aqui ele está de férias. Sem precisar provar absolutamente mais nada pra ninguém, ele prova que ainda é imbatível.
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