"Eu escrevo no meu próprio ritmo e a série não mudará isso", diz George R. R. Martin

sexta-feira, 6 de novembro de 2015


(Foto: Wikimedia/Skidmore)
Muitos de nós se formam da faculdade sem vontade nenhuma de olhar para trás. Mas George R. R. Martin não é como todo mundo: o escritor de 67 anos é responsável pela saga literária "As Crônicas de Gelo e Fogo" que, por sua vez, inspiraram a série de TV Game of Thrones.
O lançamento do seriado no canal HBO em 2011 – e seu imenso sucesso – fez com que a vida do autor mudasse completamente, principalmente no que diz respeito à ansiedade. É o que Martin contou em evento da Northwestern's Medill School of Journalism, universidade onde se formou.
Ao ser agraciado com um prêmio por suas conquistas, o escritor falou sobre sua carreira e, claro, o sucesso de Game of Thrones. Confira os destaques de sua conversa com os alunos da universidade:

Eu escrevo no meu próprio ritmo e o que a série está fazendo não mudará o que os livros são
"Há anos escuto as pessoas perguntando se consigo escrever mais rápido. A resposta, por enquanto é: não posso. Eu escrevo no meu próprio ritmo e o que a série está fazendo não mudará o que os livros são. Eu comecei a escrever sobre esses personagens e esse mundo em 1991 e as reuniões sobre a adaptação televisiva só começaram em 2008, então eu tenho uma vantagem de 17 anos!"

Atualmente Game of Thrones é a série televisiva de maior sucesso ao redor do mundo, mas ela não o será para sempre

"Acho que cheguei em um ponto da minha carreira em que posso escrever qualquer coisa que sentir vontade e conseguir publicá-las, o que é uma benção e uma maldição. Tento ficar atento a isso, e também tento ficar ciente de que isso passará. Atualmente Game of Thrones é a série televisiva de maior sucesso ao redor do mundo, mas ela não o será para sempre. Daqui a três anos, alguma outra série será a de maior sucesso no mundo."
Se não consigo lidar com isso aos 67 anos, imagina com 19
"Ficar conhecido fez com que eu simpatizasse com os adolescentes idiotas que andam por ai, os Justin Biebers e as Lindsay Lohans. Não é à toa que essas pessoas são loucas! Se o que aconteceu com eles tivesse ocorrido comigo, se eu tivesse escrito um romance quando ainda estava na universidade e ele tivesse vendido bilhões de cópias, seria difícil de lidar. Se não consigo lidar com isso aos 67 anos, imagina com 19. É surreal."
Qual é o rumo que a ficção científica está tomando atualmente?
"Parece que temos medo do mundo de amanhã. Os livros de ficção científica das décadas de 50 e 60 se maravilhavam com a possibilidade de os avanços do futuro tornarem a vida mais fácil, mas agora nós temos histórias tipo Jogos VorazesMaze Runner que dão panoramas mais pessimistas e distópicos. Qual é o rumo que a ficção científica está tomando atualmente? Ela vai direto para as distopias? Ou existe uma nova forma de constituir as coisas? Não sei."
Nós todos buscamos um final de feliz de alguma forma


"Sobre o fim de Game of Thrones, acredito que seja necessário ter um pouco de esperança. Nós todos buscamos um final feliz de alguma forma. Eu, particularmente, gosto da ideia de um final agridoce. As pessoas me perguntam como Game of Thrones vai acabar, mas eu não vou contar para elas. Esperem algo agridoce, como o que Tolkien fez brilhantemente. Eu não entendi quando eu era criança, mas agora entendo."
Via Vulture
*Com supervisão de André Jorge de Oliveira


fonte:http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2015/11/eu-escrevo-no-meu-proprio-ritmo-e-serie-nao-mudara-isso-diz-george-r-r-martin.html
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