A extraordinária segunda metade do século XVIII foi um tempo de invenções como nunca se viu — o momento em que o carvão e o vapor substituíram a lenha nos motores e projetos revolucionários saíram do papel para o dia a dia das cidades. Na Inglaterra, berço das novidades, um grupo de operários pôs-se a ler e a se reunir nos pubs para debater, isso mesmo, artigos científicos. A Lei das Patentes acabara de ser promulgada e eles queriam ganhar dinheiro criando soluções para a fábrica. No livro The Most Powerful Idea in the World (A Ideia Mais Poderosa do Mundo), sobre como o empuxo da Revolução Industrial mudou o curso da história, o americano William Rosen diz que um dos fatores primordiais para aquele surto de avanço tecnológico foi justamente o surgimento de uma elite de técnicos capaz de ler manuais — e escrevê-los. A mão de obra de nível técnico como força motriz da produtividade foi então, e continua a ser, um dos pilares dos países que dão certo. No Brasil, que sempre olhou de cima para baixo a via profissionalizante, a ideia só agora começa a vingar, sob o impulso de uma indústria que finca pé no século XXI e demanda pessoal na mesma sintonia.
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fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/uma-contingente-de-profissionais-bem-pagos-e-realizados-mostra-que-fazer-faculdade-nao-e-a-unica-via-para-subir-na-vida
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