Pelo segundo dia consecutivo, o governo não conseguiu quórum suficiente para votar e manter os vetos da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário a ao pagamento de aposentadorias com ganho real, duas das principais "pautas-bomba" com poder de minar o ajuste fical pretendido pelo governo.
O insucesso do governo foi creditado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), num dia em que até sua esposa, a jornalista Claudia Cruz, circulou com uma amiga dentro do Plenário e pelo Salão Verde sem ser reconhecida ou incomodada.
Aproximadamente 1/3 da bancada do PMDB, justamente o partido mais beneficiado pela reforma ministerial, deixou de marcar presença em Plenário, que registrou 223 parlamentares de 257 necessários para que a votação da sessão dos vetos no Congresso Nacional pudesse ocorrer.
A derrota do governo também foi avaliada como fracasso do líder do PMDB, Leonardo Picciani, hoje o principal interlocutor do partido na Câmara com a presidente Dilma. Numa queda de braço velada com Cunha, Picciani perdeu pois não conseguiu levar a Plenário a maioria da bancada da legenda, de 67 deputados. Pelo menos 25 deputados considerados fiéis a Cunha não apareceram.
Para o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), vários fatores influenciaram a derrota do governo mas um dos principais foi a inabilidade na condução da reforma ministerial.
- A base aliada está dando um recado de que não ficou contente com a reforma e que os problemas vão muito além da entrega de cargos.
Segundo José Fogaça (PMDB-RS), a informação dada pelo PMDB ao Planalto foi que o partido não aceita barganhas.
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), Cunha continua forte e agora coloca em xeque a estratégia do governo para unir a base aliada que parecia se revelar certa com a reforma ministerial que deu mais poderes ao PMDB.
fonte:http://noticias.r7.com/brasil/em-dia-de-vitoria-do-marido-mulher-de-cunha-passeia-na-camara-07102015
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