Unimed Paulistana: ao menos 7% dos clientes migram; ANS admite nova prorrogação

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Vitor Sorano

Duas operadoras do sistema receberam 11 mil beneficiários; prazo, que terminaria nesta sexta-feira, foi ampliado em 15 dias

Ao menos 10.866 dos 150 mil beneficiários de planos individuais ou coletivos pequenos da Unimed Paulistana migraram para outras operadoras do sistema de cooperativas, segundo um balanço parcial divulgado pela entidade que as representa. O prazo para transferências, que terminava nesta sexta-feira (30), foi prorrogado por 15 dias. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) admite novas ampliações.

As transferências - chamadas de portabilidades extraordinárias - tiveram início no mês passado, como uma forma de contornar as dificuldades financeiras da Unimed Paulistana, os prejuízos ao atendimento dos consumidores decorrentes dessa situação, e a incapacidade da operadora de vender sua carteira de clientes - o que lhes garantiria manter os preços e condições de cobertura que contrataram.

Posto de Unimed Fesp para receber beneficiários da Paulistana vazio no 1º dia de transferências

Posto de Unimed Fesp para receber beneficiários da Paulistana vazio no 1º dia de transferências

Foto: Vitor Sorano/iG São Paulo

Até a quinta-feira (29), a Central Nacional Unimed e a Unimed Seguros haviam recebido 10.866 clientes da Paulistana, informou nesta sexta-feira (30) a Unimed do Brasil, que representa o sistema. Eles tiveram de aderir a novos planos que podem ter preços maiores e coberturas menores do que possuíam, mas mantiveram a carência, comoo é conhecido o prazo mínimo de permanência em um plano de saúde para poder utilizá-lo.

O número representa cerca de 7% dos 160 mil clientes da Paulistana que têm planos individuais e coletivos com até 30 vidas e, por isso, estão habilitados a migrar para outras Unimeds. Como as outras cooperativas do sistema não informaram dados, a quantidade pode ser maior.

A ANS, entretanto, teve de prorrogar o prazo para transferências - segundo a agência, para permitir que todos os beneficiários da Paulistana tenham tempo hábil para fazer a mudança - e, nesta sexta-feira (30), admitiu que pode ampliá-lo novamente.

A agência alega que, normalmente, o prazo dado para as transferências de operadora é de 60 dias, e não de 30, como ocorreu com a Paulistana. A decisão pelo prazo mais curto, segundo a ANS, foi tomada para fazer um melhor acompanhamento do caso da operadora, 10ª maior do País em número de clientes de planos médico-hospitalares,

Planos de saúde: Unimed Paulistana é a 10ª maior  operadora médico-hospitalar do País

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Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

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Acordo
A possibilidade de transferência decorre de um acordo firmado entre as Unimeds, a ANS e o Ministério Público e o Procon do Estado de São Paulo em 25 de setembro. A medida pôs fim ao processo convencional de encerramento das operadoras em dificuldades financeiras previsto em lei.

Pelas regras, a Paulistana teria até o início de outubro para vender a carteira a outras empresas, que seriam obrigadas a garantir as condições de preço e cobertura. Caso isso não ocorresse, a carteira seria leiloada e o eventual comprador poderia alterar tais condições.

A piora nas condições de atendimento aos clientes da Paulistana e a indicação de que a venda não ocorreria, entretanto, levou à realização do acordo, que beneficia os clientes de planos individuais e coletivos de até 30 vidas, considerados mais vulneráveis por terem menor poder de negociação.

A medida, assim, se restringe a uma fatia de cerca de 23% da carteira da Unimed Paulistana. Para os restantes, que somam aproximadamente 500 mil pessoas com planos coletivos de mais de 30 vidas, a mudança para outros planos tem sido feita diretamente por negociação com outras operadoras.

Nesses casos, como o iG mostrou, clientes da Paulistana têm reclamado dos valores e condições oferecidas. Alguns, cujo contrato é administrado pela Qualicorp, receberam propostas com preços até 80% maiores - a empresa alega que se trata de uma minoria.

A Unimed Paulistana e a ANS não divulgam quantos dos clientes não abrangidos pela transferência migraram para outras operadoras até agora.













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