Uma nova pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), revelou o impacto significativo da poluição sonora na saúde mental dos moradores de grandes centros urbanos. O estudo, que analisou dados de milhares de indivíduos em diversas capitais brasileiras, aponta para uma correlação direta entre a exposição constante a altos níveis de ruído e o aumento de casos de ansiedade, estresse, insônia e até mesmo depressão. Os pesquisadores utilizaram medidores de ruído em diferentes pontos das cidades e aplicaram questionários sobre a saúde mental dos participantes, além de analisar dados de prontuários médicos. Os resultados indicam que o tráfego intenso, as obras, os eventos e o barulho de vizinhos são as principais fontes de poluição sonora que afetam a qualidade de vida da população. A exposição prolongada a ruídos excessivos ativa o sistema de resposta ao estresse do corpo, elevando os níveis de cortisol e adrenalina, o que pode levar a uma série de problemas de saúde física e mental. O estudo sugere a necessidade de políticas públicas mais eficazes para o controle da poluição sonora, como a implementação de zonas de silêncio, o uso de materiais de isolamento acústico em construções e a conscientização da população sobre os impactos do ruído. Além disso, a pesquisa reforça a importância de criar espaços verdes e áreas de lazer nas cidades, onde as pessoas possam encontrar refúgio do barulho e desfrutar de momentos de tranquilidade. A saúde mental, cada vez mais reconhecida como um componente essencial do bem-estar, exige atenção e ações integradas para garantir um ambiente urbano mais saudável e acolhedor para todos.
Fonte original: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/2025/09/pesquisa-revela-impacto-poluicao-sonora-saude-mental-grandes-cidades
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