O Ministério da Educação (MEC) anunciou uma reformulação nas diretrizes do Ensino Médio nacional, com o objetivo de fortalecer a formação geral básica e ampliar a oferta de itinerários formativos técnicos e profissionais. A mudança, que vem após um longo período de debates e consultas públicas com estudantes, professores e especialistas, busca corrigir distorções do modelo anterior e tornar a etapa final da educação básica mais conectada com os projetos de vida dos jovens e com as demandas do mundo do trabalho. A principal alteração é o aumento da carga horária destinada à Formação Geral Básica (FGB), que compreende as disciplinas tradicionais como Português, Matemática, História e Biologia. Pela nova regra, a FGB deverá ter, no mínimo, 2.400 horas ao longo dos três anos, o que representa um aumento significativo em relação ao modelo anterior, que permitia uma carga horária de apenas 1.800 horas. O restante da carga horária será preenchido pelos Itinerários Formativos, que foram reorganizados. Agora, as escolas deverão oferecer, prioritariamente, itinerários que aprofundem as áreas do conhecimento da FGB ou que ofereçam uma formação técnica e profissional. A ideia é acabar com a oferta de itinerários fragmentados e de baixa qualidade, que foram alvo de muitas críticas. Para a formação técnica, o governo pretende criar um pacto nacional com o setor produtivo e com os institutos federais para ampliar o número de vagas e garantir que os cursos oferecidos estejam alinhados com as necessidades de cada região do país. O MEC também anunciou a criação de um programa de bolsas e um fundo específico para fomentar a expansão do ensino técnico em tempo integral. Segundo o ministro da Educação, a mudança visa a garantir uma base sólida de conhecimento para todos os estudantes, ao mesmo tempo em que oferece caminhos mais claros e estruturados para aqueles que desejam ingressar rapidamente no mercado de trabalho ou seguir para o ensino superior em áreas tecnológicas. A implementação das novas regras será gradual e contará com apoio técnico e financeiro do governo federal para que as redes estaduais possam se adaptar. A expectativa é que a reformulação contribua para reduzir a evasão escolar no ensino médio e para tornar a escola um espaço mais relevante e significativo para a juventude brasileira.
Fonte original: https://www.cartacapital.com.br/educacao/
Comentários
Postar um comentário