Uma pesquisa de larga escala, conduzida por cientistas de uma renomada instituição de saúde, revelou que a adoção de uma dieta predominantemente baseada em plantas pode reduzir o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas em até 30%. O estudo, publicado no principal periódico de cardiologia do mundo, acompanhou milhares de pessoas por mais de uma década e analisou seus hábitos alimentares e sua saúde cardiovascular. Os resultados mostraram que indivíduos que consumiam maiores quantidades de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas e nozes, e menores quantidades de produtos de origem animal, especialmente carnes vermelhas e processadas, apresentavam níveis mais baixos de colesterol, pressão arterial mais controlada e menor incidência de eventos cardiovasculares, como infartos e derrames. Os pesquisadores destacam que não é necessário se tornar vegetariano ou vegano para obter os benefícios. A simples substituição de parte da proteína animal por proteína vegetal já demonstrou ter um impacto positivo significativo na saúde do coração. A chave, segundo eles, é a qualidade da dieta, priorizando alimentos in natura ou minimamente processados. A dieta baseada em plantas é rica em fibras, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes, que têm efeitos protetores sobre o sistema cardiovascular. As fibras ajudam a reduzir o colesterol, os antioxidantes combatem a inflamação e o estresse oxidativo, e a baixa ingestão de gordura saturada, presente principalmente em produtos de origem animal, previne a formação de placas de gordura nas artérias. O estudo reforça as diretrizes de diversas organizações de saúde ao redor do mundo, que já recomendam um aumento no consumo de alimentos de origem vegetal como parte de um estilo de vida saudável. A pesquisa fornece evidências científicas robustas para que médicos e nutricionistas incentivem seus pacientes a fazerem mudanças em sua alimentação. Além dos benefícios para a saúde individual, a adoção de uma dieta mais baseada em plantas também tem um impacto positivo no meio ambiente, uma vez que a produção de alimentos de origem vegetal geralmente requer menos recursos naturais, como terra e água, e emite menos gases de efeito estufa em comparação com a pecuária. A descoberta pode incentivar políticas públicas de saúde que promovam o acesso a alimentos saudáveis e a educação nutricional, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, que representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo.
Fonte original: https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2023/08/08/dieta-plant-based-o-que-e-e-como-aderir-ao-cardapio-que-prioriza-vegetais.ghtml
Comentários
Postar um comentário