Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram uma queda significativa no desmatamento da Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, a área desmatada foi a menor registrada desde 2015, uma redução de mais de 40% em comparação com o período anterior. A Ministra do Meio Ambiente atribuiu o resultado ao fortalecimento dos órgãos de fiscalização, como o IBAMA e o ICMBio, e à retomada de políticas de combate a crimes ambientais. Apesar da boa notícia, organizações não governamentais alertam que a pressão sobre a floresta continua alta, especialmente em áreas de expansão agrícola e garimpo ilegal. Elas defendem a necessidade de ações contínuas e integradas, incluindo a regularização fundiária e o incentivo a atividades econômicas sustentáveis para garantir que a tendência de queda se mantenha a longo prazo. O relatório do INPE, baseado no sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), é um indicador importante da saúde da floresta e da eficácia das políticas ambientais. A redução do desmatamento é crucial para o Brasil cumprir suas metas no Acordo de Paris e para a conservação da biodiversidade. A Amazônia desempenha um papel fundamental na regulação do clima global, e a sua preservação é essencial para o futuro do planeta. O governo brasileiro tem buscado apoio internacional para financiar ações de conservação e de desenvolvimento sustentável na região. O Fundo Amazônia, que conta com doações de países como Noruega e Alemanha, foi reativado e tem sido um importante instrumento para financiar projetos de combate ao desmatamento e de promoção da bioeconomia. A sociedade civil também tem desempenhado um papel fundamental na proteção da floresta, com organizações não governamentais atuando na fiscalização, na denúncia de crimes ambientais e no apoio a comunidades tradicionais. A queda do desmatamento é uma vitória para o Brasil e para o planeta, mas a luta pela preservação da Amazônia está longe de terminar.
Fonte original: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4n1p7k2z8do
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