Uma equipe internacional de arqueólogos revelou em 2025 uma descoberta que pode mudar radicalmente o que sabemos sobre a chegada dos primeiros humanos ao continente americano. Em um sítio arqueológico no interior do Piauí, no Brasil, foram encontradas ferramentas de pedra e vestígios de fogueiras datados de mais de 30.000 anos atrás. A datação, realizada por múltiplos métodos em laboratórios de renome, desafia o modelo de Clóvis, teoria dominante por décadas, que postulava que a ocupação das Américas teria começado há cerca de 13.000 anos, por populações que atravessaram o Estreito de Bering. Os artefatos encontrados, que incluem lascas de quartzo e seixos trabalhados, apresentam características de fabricação intencional, descartando a possibilidade de serem formações naturais. A presença de carvão e ossos de animais queimados ao lado das ferramentas reforça a evidência de atividade humana. A descoberta sugere que grupos de *Homo sapiens* chegaram à América do Sul muito antes do que se imaginava, possivelmente por rotas migratórias alternativas, como a navegação costeira pelo Pacífico. Essa nova evidência se soma a outros achados recentes no México e nos Estados Unidos que também apontavam para uma ocupação pré-Clóvis, mas a datação do sítio piauiense é a mais antiga e robusta encontrada até agora na América do Sul. A comunidade científica recebeu a notícia com uma mistura de entusiasmo e ceticismo. Muitos pesquisadores defendem que são necessárias mais evidências para derrubar um paradigma tão consolidado. No entanto, os líderes da pesquisa estão confiantes na solidez de seus dados e argumentam que é hora de a ciência se abrir para novos modelos que expliquem a complexa saga da dispersão humana pelo planeta. A descoberta no Piauí não apenas empurra para trás a linha do tempo da pré-história americana, mas também levanta novas e fascinantes questões: quem eram esses primeiros pioneiros? Como eles viviam? Que rotas seguiram para chegar a um lugar tão distante? A busca por respostas para essas perguntas promete manter arqueólogos e outros cientistas ocupados por muitos anos, reescrevendo os primeiros capítulos da história humana em nosso continente e nos lembrando de que o passado ainda guarda muitos segredos a serem revelados.
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