O Brasil enfrenta em 2025 uma severa crise hídrica e um aumento alarmante no número de incêndios florestais, afetando principalmente os biomas do Pantanal e da Amazônia. O período de seca prolongada, intensificado por mudanças climáticas, resultou em níveis historicamente baixos nos rios da região, comprometendo o abastecimento de água para as populações, a navegação e a geração de energia hidrelétrica. A vegetação ressecada criou o cenário perfeito para a propagação de incêndios, muitos deles de origem criminosa, que devastaram vastas áreas de vegetação nativa. No Pantanal, a situação é particularmente crítica. A maior planície alagável do mundo enfrenta uma das piores secas das últimas décadas, superando até mesmo a crise de 2020. A falta de chuvas fez com que rios e lagoas secassem, deixando um rastro de destruição para a fauna e a flora locais. Imagens de jacarés, capivaras e outras espécies agonizando em meio à lama e à fumaça se tornaram comuns, evidenciando a catástrofe ambiental. Especialistas alertam que a recuperação do bioma pode levar anos e que algumas perdas podem ser irreversíveis. Na Amazônia, o desmatamento continua a ser um dos principais vetores dos incêndios. A prática de derrubar a floresta e, em seguida, atear fogo para \"limpar\" o terreno para a agropecuária segue descontrolada em muitas áreas. O aumento da temperatura e a diminuição da umidade, consequências diretas do aquecimento global, fazem com que o fogo se alastre com mais facilidade, atingindo áreas de floresta primária que antes eram mais resistentes. A fumaça gerada pelas queimadas tem impactado a saúde de milhões de pessoas, causando um aumento nos casos de doenças respiratórias em toda a região. Em resposta à crise, governos estaduais e o governo federal têm intensificado as operações de combate ao fogo e de fiscalização contra o desmatamento ilegal. No entanto, a dimensão do problema exige ações mais estruturantes, como o fortalecimento dos órgãos ambientais, o investimento em práticas agropecuárias sustentáveis e o cumprimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. A sociedade civil e ONGs também desempenham um papel fundamental, atuando na linha de frente do combate aos incêndios e na conscientização sobre a importância da preservação dos biomas brasileiros.
Fonte original: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/pantanal-tem-recorde-de-focos-de-incendio-para-o-mes-de-julho
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