Cientistas brasileiros desenvolvem novo método de diagnóstico rápido para a dengue

Pesquisadores de uma universidade pública brasileira desenvolveram um novo método de diagnóstico para a dengue que é mais rápido, barato e acessível do que os testes convencionais. A nova técnica, baseada em biossensores e nanotecnologia, consegue detectar a presença do vírus no sangue do paciente em menos de 15 minutos, com alta precisão. O teste funciona de maneira semelhante a um teste de gravidez de farmácia: uma pequena amostra de sangue é aplicada em uma tira reagente, e o resultado aparece em forma de linhas coloridas. Isso elimina a necessidade de equipamentos de laboratório complexos e de pessoal altamente especializado, tornando o diagnóstico possível em postos de saúde de pequenas cidades e em áreas remotas, onde o acesso a laboratórios é limitado. O desenvolvimento do novo teste foi resultado de anos de pesquisa e contou com financiamento de agências de fomento à ciência e tecnologia. Os cientistas responsáveis pelo projeto explicam que o biossensor utiliza anticorpos específicos que se ligam a proteínas do vírus da dengue. Quando essa ligação ocorre, nanopartículas de ouro presentes na tira produzem um sinal visual, indicando um resultado positivo. A equipe de pesquisa já validou o teste em centenas de amostras de pacientes e obteve uma taxa de acerto superior a 95%, comparável aos testes de PCR, considerados o padrão-ouro no diagnóstico da dengue. O próximo passo é obter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o teste possa ser produzido em larga escala e distribuído para o Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que o novo método ajude a combater as epidemias de dengue no país, permitindo um diagnóstico mais rápido e, consequentemente, um tratamento mais ágil dos pacientes. Além disso, o teste pode ser uma ferramenta importante para a vigilância epidemiológica, ajudando as autoridades de saúde a mapear a circulação do vírus em tempo real e a tomar medidas de controle mais eficazes, como o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O baixo custo de produção, estimado em menos de cinco reais por unidade, torna a tecnologia especialmente promissora para países em desenvolvimento que enfrentam desafios semelhantes no combate à dengue e outras arboviroses.

Fonte original: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=diagnostico-rapido-dengue-covid&id=010165230721

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