Em uma decisão amplamente esperada pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) elevou sua taxa de juros de referência em 0,25 ponto percentual, levando-a ao nível mais alto em 22 anos. [5, 6] Esta é a oitava alta consecutiva, em um esforço contínuo para combater a inflação persistentemente alta na zona do euro, que, apesar de ter recuado do pico de dois dígitos, ainda se encontra bem acima da meta de 2% do banco. [6, 19] A presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que novos aumentos podem ser necessários nas próximas reuniões, afirmando que a instituição ainda tem \\\"um caminho a percorrer\\\" para garantir que a inflação retorne à meta de forma sustentável. [5] A decisão reflete a preocupação do BCE com as pressões inflacionárias subjacentes, especialmente no setor de serviços, que continuam fortes. Embora os preços da energia tenham diminuído, a inflação de alimentos e os aumentos salariais mantêm a alta geral dos preços. A medida, no entanto, aumenta os riscos de uma recessão econômica mais profunda na zona do euro, que já registrou uma contração técnica no início do ano. [6] O aumento dos custos de empréstimos visa desacelerar a demanda, o que, por sua vez, deve ajudar a aliviar as pressões sobre os preços. Contudo, isso também encarece o crédito para empresas e consumidores, podendo frear investimentos e o consumo. Analistas econômicos estão divididos sobre os próximos passos do BCE. Alguns acreditam que o ciclo de alta está próximo do fim, dado o enfraquecimento da atividade econômica. Outros argumentam que, com a inflação subjacente ainda elevada, o BCE não terá outra escolha a não ser continuar apertando sua política monetária, mesmo que isso signifique um custo maior para o crescimento econômico. A situação coloca o BCE em um delicado ato de equilíbrio: controlar a inflação sem provocar uma crise econômica severa.
Fonte original: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/banco-central-europeu-eleva-juros-pela-oitava-vez-seguida/
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