Dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelaram que o desmatamento na Amazônia Legal em fevereiro de 2025 atingiu o menor índice para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2015. Foram registrados 80,95 km² de áreas desmatadas, uma queda expressiva de 64,26% em comparação com os 226,51 km² detectados no mesmo período de 2024. A redução é um sinal positivo e reflete os esforços intensificados de fiscalização e controle do desmatamento na região. O resultado de fevereiro dá continuidade a uma tendência de queda observada nos últimos meses. Em 2024, a Amazônia já havia registrado o segundo ano consecutivo de redução na devastação, com uma queda de 7% em relação a 2023. Apesar da boa notícia, a área total desmatada em 2024, de 3.739 km², ainda é considerada alta, representando a perda de mais de mil campos de futebol de floresta por dia. O estado de Mato Grosso liderou os alertas de desmatamento em fevereiro, seguido por Roraima e Pará. Especialistas alertam que, apesar da queda no corte raso, a degradação florestal, causada principalmente por queimadas, apresentou uma alta preocupante de 497% em 2024. Isso demonstra que a pressão sobre a floresta continua e exige uma abordagem integrada, que combine fiscalização com políticas de desenvolvimento sustentável e a destinação de terras públicas não designadas para a conservação, combatendo a grilagem. O governo federal tem reiterado seu compromisso com a meta de desmatamento zero e vem implementando uma série de ações, como o fortalecimento do Ibama e do ICMBio, a retomada do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e o aumento de operações contra crimes ambientais. O \"inverno amazônico\", período de chuvas na região, contribui para a diminuição das taxas de desmatamento e queimadas, mas os órgãos ambientais se preparam para o período de seca, quando a destruição tende a se intensificar.
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