Segundo a nota, "em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa"
Foto: Ricardo Matsukawa/Redação Terra
A FSB Comunicações, assessoria contratada para divulgar as informações sobre a empresa do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), afirmou nesta quinta-feira que a Projeto desconhece procedimentos relativos ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Segundo a nota, "em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa".
Nesta quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem afirmando que um relatório enviado pelo Coaf à Polícia Federal (PF) aponta que a Projeto fez uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel de uma outra empresa, que estava sob investigação policial. Segundo a reportagem, o aviso do Coaf ocorreu há quase seis meses, após ter sido informado do episódio pelo banco que intermediou a transação financeira.
De acordo com a Folha de S.Paulo, semanas antes de assumir a chefia da Casa Civil, Palocci comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, ele havia adquirido um escritório na cidade por R$ 882 mil. Com os novos bens, o patrimônio do ministro teria sido multiplicado em 20 vezes em quatro anos. Ainda segundo a Folha, os dois imóveis foram comprados pela empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual Palocci é dono. Conforme O Estado de S.Paulo, o comunicado do Coaf à PF se enquadra no tipo de "movimentação atípica". O nome da Projeto surge nas transações atípicas envolvendo uma empresa que está sob investigação da PF, a quem cabe apurar se há ou não irregularidades na movimentação de dinheiro.
Ministério nega investigação
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou a existência de qualquer investigação contra Palocci ou sua empresa na Polícia Federal (PF). "O ministro Palocci não está sendo investigado, a empresa Projeto não está sendo investigada. Não há nenhuma atipicidade que tenha justificado qualquer investigação do ministro Palocci", disse, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Cardozo afirmou que "infelizmente, temos, às vezes, situações de especulação" e passou a explicar o caso de sua própria empresa de consultoria. Segundo ele, a empresa tem consultoria no nome, mas ele nunca exerceu a atividade, apenas deu aulas e cursos.
Confira abaixo a nota da FSB na íntegra:
Diante de matéria publicada hoje pelo jornal "O Estado de São Paulo", a Projeto gostaria de esclarecer que:
1 - Todas as atividades da Projeto foram realizadas estritamente dentro do marco legal, respeitando limites éticos e exigências de informação por parte dos órgãos de controle
2 - Em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa.
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