O guatemalteco Juan Carlos Monzón, suspeito de ser o cérebro de uma rede de corrupção que provocou a crise governamental no país, se entregou nesta segunda-feira (5) à justiça após quase seis meses de fuga, informou o Ministério Público.
"Juan Carlos Monzón se apresentou na manhã desta segunda-feira" à Corte Suprema de Justiça, no centro da capital, disse o porta-voz da entidade judicial, Julia Barrera.
Monzón era secretário particular da ex-vice-presidente Roxana Baldetti quando veio à tona, no dia 16 de abril, um escândalo sobre a cobrança de subornos para evitar impostos aduaneiros, após uma investigação do Ministério Público e da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), uma entidade da ONU que colabora com o sistema judicial local.
O ex-presidente Otto Pérez renunciou ao mandato no dia 2 de setembro após a denúncia de que liderava a rede de corrupção, conhecida como "A Linha", ao lado de Baldetti, quem deixou o governo pelo mesmo escândalo em maio.
Pérez e Baldetti se encontram em prisão preventiva sob investigação do Ministério Público.
Monzón será processado pelos delitos de formação de quadrilha, casos especiais de fraude aduaneira e corrupção passiva, completou Barrera.
Na semana passada, Salvador González, conhecido como "Eco", afirmou durante uma audiência judicial que Pérez e Baldetti recebiam 50% dos subornos arrecadados pela estrutura "La Linha".
"50% dos subornos eram para o número 1 e o número 2 (...). Fui eu quem identificou como 1 e 2 o presidente e a vice-presidente para o esquema de distribuição de dinheiro", revelou Gonzáles na etapa intermediária do caso a cargo do juíz Miguel Ángel Gálvez, chefe do tribunal de maior instância do país.
fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/suposto-cerebro-de-corrupcao-na-guatemala-se-entrega-justica.html
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